Continuando sobre os problemas de saúde que me incomodaram constantemente em 2016: eu estava com uma enxaqueca e uma rinite que o simples ato de amarrar os sapatos deixava minha cabeça explodindo por momentos. O meu primeiro pensamento, como qualquer brasileiro, foi “com o tempo isso vai passar, é momentâneo”, já que eu nunca tinha tido enxaquecas. O tempo foi passando e aquela dor não diminuía, ela era insuportável. Procurei um médico, ele receitou uma série de remédios e disse que demoraria até uns quatro meses para eu ficar bem.
Passado esse tempo que ele determinou, a dor continuava, um pouco menor, mas ainda incomodava bastante. Voltei ao médico, ele mudou a medicação, mas continuei sem resultados positivos. Nesse período, lendo muito a respeito das "ites", encontrei vários artigos que relacionavam essas alergias a uma alimentação inflamatória. Na verdade, o que aprendi é que, no fundo, tentamos tratar os efeitos, não tratamos as causas e continuamos sempre a usar remédios, indefinidamente.
Para mudar esse contexto e ficar independente dos remédios, comecei a me preocupar com uma alimentação forte, baseada em alimentos reais e nutritivos. Tirei as farinhas, os óleos processados, os refinados, as comidas prontas de supermercado, barrinhas de cereais para emagrecer e parei com a “gordurofobia”, que é a mania de querer comer tudo com zero de gordura, inclusive com zero de gordura boa que provém das amêndoas, do azeite de oliva , do óleo de coco, etc.
Depois de dois meses com esse novo hábito alimentar, eu não sentia mais a enxaqueca, o meu organismo funcionava melhor, a disposição aumentou e, ainda por cima, eu consegui parar com meu “efeito sanfona”, que tanto me incomodou a vida inteira. Nada de alimentos fit, diets, etc. A gordura boa dá uma sensação de saciedade maior e faz com que se sinta menos fome. Sabe aquele buraco na barriga que chega às cinco da tarde e que, o que passar na sua frente, você irá devorar? Eu não sentia mais essa necessidade.
Um especialista definiu a gordura e o carboidrato assim, de uma forma bem explicativa:
- O carboidrato é um graveto numa fogueira, você sempre tem de jogar mais gravetos para manter a fogueira acesa.
- A gordura é a tora nessa mesma fogueira, porque ela queima o dia inteiro mantendo o fogo aceso.
Depois do período de adaptação, de substituição e de diminuição dos carboidratos e com a melhora da qualidade da comida ingerida – inclusive com modificação no café da manhã, quando não entravam mais pães e massas – parece que a minha vida mudou junto. Os exames de sangue (de glicemia e gorduras), mesmo com a idade avançando, atingiram índices que eu nunca consegui quando era mais novo. Por incrível que pareça, com uma boa alimentação, até o humor perante as crises melhorou, porque os hormônios também se modificaram.
Sei que esta não é uma mudança fácil, afinal hábitos que perduraram durante anos são duros de serem modificados, mas eu garanto: o resultado compensou os sacrifícios. PENSE FORA DA CAIXA em relação à alimentação, não vá atrás do que sempre foi falado como correto, estude, faça testes e SAIA DA ZONA DE CONFORTO, porque a vitória compensa. Entretanto, não faça nada sem a ajuda de profissionais. Procure profissionais que continuam estudando e atualizados, para que você possa estar por dentro dos melhores procedimentos para conseguir o seu intento. Eu lhe desejo BOAS REFEIÇÕES com muita QUALIDADE NUTRICIONAL, em vez de alimentos com CALORIAS VAZIAS.
Antonio Petrus Kalil - Engenheiro
